Anjo Mau, de Milton Tiutiunic (Editora Autografia)

Os antecedentes, o desenvolvimento e as consequências da Segunda Guerra Mundial para o planeta despertam nossa atenção até os dias atuais e são constantemente evocados como pano de fundo para muitas obras literárias.

Conectando-se a esse contexto é que nasceu “Anjo Mau”, livro do escritor Milton Tiutiunic que une ficção a acontecimentos de nossa realidade.

Aos poucos, a trama do livro faz um mergulho pela história e revela-nos o personagem Hérvires e o povo do Campo de Marte, além de Arif, traçando um caminho que levará até a ascensão do líder nazista Adolf Hitler, destacando o contato deste com o papiro de Hérvires, contendo segredos e imensa sabedoria que poderiam mudar os rumos da humanidade.

Porém, agora, ele seria usado para o mal, na tentativa de impor a todo custo seu modo de pensar a sua população que aguarda ansiosamente por transformações e, mesmo derrotado, ainda encontra uma forma de disseminar seus conceitos a um mundo que necessariamente precisa se reestruturar.

De leitura tranquila, o enredo une mistério, aventura, surpresa e elementos do mundo real, além de ficção científica, que prendem a atenção do leitor para um final a se conceber.

Lançado pela Editora Autografia, o livro pode ser adquirido de maneira oficial através do site https://www.autografia.com.br/produto/anjo-mau/ por R$31,90.

Docente da UniFAI lança segundo livro sobre escritor peruano Mario Vargas Llosa

O professor dos cursos de História e Pedagogia do Centro Universitário de Adamantina (UniFAI), Mateus Barroso Sacoman, lançou para venda, no último dia 15, um livro de atualização da pesquisa de mestrado sobre o escritor e intelectual peruano Mario Vargas Llosa. A primeira edição havia sido publicada em 2016.

Disponível no site da Editora Alexa Cultural (www.alexaloja.com) e nas grandes livrarias do país, a obra “As transfigurações da sociedade peruana e a distorção convulsiva de Mario Vargas Llosa: uma análise das décadas de 1950 e 1960” pode ser adquirida no formato impresso ou digital.

Segunda obra publicada por Mateus Sacoman sobre escritor peruano possui informações atualizadas e mais completas em relação à anterior

Conforme detalha o autor, o livro analisa os primeiros romances de Llosa e a conexão que estabelecem com o contexto das décadas de 1950 e 1960 no Peru.

“Especialmente, verificando os impactos culturais, sociais e econômicos com a chegada de um grande número de migrantes da região da serra para costa, principalmente na cidade de Lima. O livro aborda, ainda, uma análise mais aprofundada em relação a uma possível reconfiguração ou transformação do conceito e da forma de se entender quem são os criollos e sua cultura naquele contexto”, explica.

O professor comenta sobre as vantagens do segundo livro a respeito de Llosa: “Esta obra traz informações atualizadas e mais completas em relação à anterior. Além disso, é muito mais acessível ao público brasileiro, principalmente quanto ao preço”.

A obra também é abrilhantada com o prefácio do Prof. Dr. Marcos Sorrilha Pinheiro, do Departamento de História da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), grande amigo e orientador da pesquisa de mestrado do autor.

De acordo com Sacoman, no segundo semestre há previsão de projeto para a publicação de um livro, provavelmente pela mesma editora, com textos sobre História, conectados às habilidades da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). “O objetivo é auxiliar os professores da Educação Básica em seu trabalho na sala de aula”, finaliza.

por Priscila Caldeira – UniFAI

Projeto: Cartografia Tátil – Pedagogia UNIFAI

Desde 2019, o Projeto Cartografia Tátil vem envolvendo os cursos de Pedagogia, História e Ciências Biológicas da Unifai de Adamantina-SP, além de escolas da rede pública e privada, com a intenção de produzir mapas táteis que possam ser utilizados em sala de aula por alunos com baixa visão ou privados da totalidade da visão. O projeto constitui-se uma forma de exercer a cidadania, contribuindo para uma educação mais inclusiva.

Made with Padlet

Exposição virtual de História – Mulheres: entre conquistas e abusos

Esta exposição virtual engloba trabalhos dos alunos do 6º 1 do Colégio Adamantinense Objetivo, apresentando as conquistas históricas obtidas pelas mulheres ao longo do tempo, porém, revelando o quanto ainda precisa ser alcançado, apresentando-nos uma série de dificuldades e crimes que ainda são cometidos cotidianamente contra as mulheres e, infelizmente, muitas das vezes, passam desapercebidos.

Made with Padlet

Alguns trabalhos podem apresentar inconsistências e pequenos erros. Porém, a ideia é incentivar os alunos à experimentação de novas ferramentas, vivenciar novas experiências, oportunizando a autonomia, desenvolvendo o papel de agentes dentro do processo de aprendizagem, possibilitando, por fim, o exercício da cidadania. (justamente por isso, nenhuma alteração foi desenvolvida).

Podcast: História – unidades temáticas e objetos de conhecimento e habilidades do 1° ano do Ensino Fundamental I

hleducação

Novo podcast da série História e Literatura + Educação saindo do forno, quentinho!!! Vamos iniciar a análise das unidades temáticas da BNCC e seus respectivos objetos de conhecimento e habilidades referentes ao 1° ano do Ensino Fundamental I, (páginas 406 e 407 da BNCC).

TRILHA SONORA: Circus Maximus

PODCAST GRAVADO DURANTE AS AULAS DO CURSO DE PEDAGOGIA DA UNIFAI, ADAMANTINA-SP.

Podcast: História – Anos iniciais: Unidades temáticas, objetos de conhecimento e habilidades

hleducaçãoNo podcast desta semana, seguimos com a série História e Literatura + Educação. Agora, vamos abordar as unidades temáticas, objetos de conhecimento e habilidades de História para os anos iniciais do Ensino Fundamental (páginas 403 a 405 da BNCC). Além de comentar um pouquinho mais sobre o conhecimento de si e do outro, com uma pequena introdução sobre os assuntos trabalhados do 1° ao 5° ano.

Trilha sonora: Of Allies https://open.spotify.com/artist/5fYc93nNjMlAsoaXen9elQ?si=w_7QNcBMShCux5Z6Vw0Lgw
Podcast gravado durante as aulas dO curso de Pedagogia da Unifai, Adamantina-SP.

Podcast: Competências específicas de História para o Ensino Fundamental (BNCC)

hleducaçãoEm meio à pandemia atual, o site História e Literatura tomou a iniciativa de lançar a série “História e Literatura + Educação” disponibilizando podcasts, vídeos e textos relacionados à História, Educação e Literatura como ferramenta para auxiliar professores e estudantes nessa nova fase para a educação.

Nosso primeiro podcast é uma análise sobre as Competências específicas de História para o Ensino Fundamental abordadas na BNCC.

competências especificas bnccPodcast gravado durante as aulas do curso de Pedagogia da Unifai, Adamantina-SP.

Saint-Domingue e a esperança desvanecida

“Esperança aos marginalizados”! Assim, muitos historiadores relataram o processo de abolição da escravidão e independência do Haiti, comumente conhecido como Revolta de São Domingo ou Revolução Haitiana entre os anos de 1791 a 1804.

Em termos teóricos, para muitos pesquisadores, é um grande exemplo do que de fato o conceito de revolução significa em seu sentido mais puro: algo abrupto e intenso que leva a uma mudança em larga escala em áreas como a política, sociedade e economia.

Em termos práticos, o atroz movimento na colônia francesa de Saint-Domingue precisa ser analisado de forma mais aprofundada, principalmente em razão daqueles que defendem uma linha de continuidade às brutais estruturas sociais que vigoravam sob a governança francesa.

Por muito tempo, a também intitulada Revolução dos Escravos, foi disseminada como um bastião da luta pela liberdade dos povos africanos escravizados na América e, além disso, tida como bem-sucedida por parte da historiografia, instigou ainda processos de independência em toda a América Latina.

Não nos resta dúvida que tamanho evento gerou um sentimento de expectação em populações que sofriam os abusos da exploração colonial, influenciando uma série de pensadores e movimento ao longo do tempo. Pode-se falar o mesmo sob a perspectiva metropolitana, ou seja, o processo revoltoso gerou uma inquietação nas elites governantes de toda a América e temor de que ações semelhantes irrompessem em outras áreas.

No Brasil, a Revolta dos Malês de 1835 na cidade de Salvador, na Bahia, é um exemplo do temor de que os escravos negros de origem islâmica em solo baiano desembocasse em uma conjunta semelhante à haitiana. Embora, exista uma contestação dessa temeridade por determinados historiadores, a repressão não tardou e em menos de um dia as ações foram contidas e as punições foram extremamente severas.

Voltando ao Haiti, o herói da revolução François Toussaint, filho de africano, que havia conseguido sua alforria em 1776 e liderou muitos movimentos militares rumo à abolição da escravidão, após as primeiras etapas do conflito, se autoproclamou em 1801 governador-geral vitalício, precisou negociar com Napoleão a manutenção da abolição, acabando preso e falecendo na prisão.

A independência conquistada em 1804 após muito sangue e destruição conferiu esperança aos grupos marginalizados de outrora. Porém, divisões políticas intensas, as cisões sociais, a transitoriedade entre a rigidez produtiva, distribuição de terra aos desfavorecidos e latifúndios minou esse entusiasmo pouco a pouco.

Os arquétipos do período colonial, muito bem enraizados, foram difíceis de talhar. O poder continuou alijando a massa populacional, mantendo uma elite no comando. As reparações aos escravocratas por terem perdidos suas “propriedades” desfortunou o país e as tentativas de combater o isolamento político e econômico não resultaram em mudanças substanciais.

Leitura para bebês

woman reading book to toddler
Foto por Lina Kivaka em Pexels.com

A leitura para bebês abre uma janela incrível ao mundo que nos cerca, assim como ao mundo ficcional, essencial para nossas vidas. O auxílio na aquisição e no desenvolvimento da linguagem é algo extraordinário, introduzindo experiências leitoras para preparar a criança para a vida social tanto quanto a escolar.

Mas, outro aspecto extremamente relevante nesse processo, é o florescimento dos laços de afetividade que se estabelecem entre pais leitores e filhos ouvintes. É uma vivência fantástica.

Costumeiramente, os genitores, na maioria das vezes, estabelecem um diálogo dispositivo, ou seja, os pequeninos crescem escutando ordens, ainda que de forma carinhosa. No processamento de obtenção e compreensão do falar, a apreciação dos livros traz ganhos de qualidade e proporciona uma relação interlocutora aconchegante e só possível através leitura.

Justamente por isso, é essencial que obras e textos sejam lidos desde o momento em que os bebês estão no ventre materno. São momentos construídos que legam conhecimento não somente às crianças, mas também aos adultos, produzindo uma incrível troca que se bem organizada, renderá muitos frutos.

Alguns estudos de Psicologia e Pedagogia revelam que, a partir dos seis meses de idade, a vivência leitora cumpre um papel significativo no desenvolvimento psíquico. Pequeninos que estão imersos em meios “narrativos”, descobrem o ato de imaginar, principalmente na ausência de adultos que habitualmente estão por perto, enriquecendo essa etapa em contato com as ficções. Notoriamente, estar nesse ambiente passa a ser um diferencial em relação às famílias que não proporcionam um crescimento em meio aos livros.

O manuseio do livro também executa um ofício elementar para as crianças com menos de doze meses de existência que, para além de manejar e folhear, igualmente apontam personagens e elementos presentes nas histórias, emitindo sons e até mesmo reconhecem o desfecho dos enredos que já foram lidos anteriormente.

Na sala de aula, do mesmo modo que em casa, há alguns princípios que tornam a prática leitora saborosa. Primeiramente, é essencial entender o contexto em que os alunos vivem. Contextos sociais diversos elencam temas também diversificados e, nos primeiros anos de vida, é interessante que os pequeninos tenham contato com aspectos semelhantes ao de sua vivência.

Com o tempo, no ritmo das crianças, é possível introduzir novos conteúdos, ir além, ampliando caminhos das enriquecedoras experiências, como apresentar livros de outros países e culturas nacionais diferentes, revelando outras formas de viver a vida e mostrando a elas que a diversidade é bonita e deve ser respeitada. Gerando um sentimento interessante dentro do próprio grupo.

Por fim, a escolha de bons livros e a maneira de contar são chaves imprescindíveis nos momentos de leitura. Temas que sejam interessantes aos pequenos, cores, materiais e histórias bem construídas, são pontos que precisam ser levados em consideração. A modulação, sonoridade e cadência da voz adulta também é um diferencial na interpretação dos textos, possibilitando descobertas e construções, aguçando a sensibilidade e a criatividade que somente a criança interlocutora das ocasiões de leitura consegue obter.

Dicas de História para o ENEM 2019

maratona enem 2019

Quais conteúdos de História mais aparecem no Enem?

Segundo um levantamento do Poliedro, os temas mais presentes nos últimos anos são:

História do Brasil

•    Segundo Reinado (12,3%)
•    Governos pós-Ditadura Militar (12,3%)
•    Era Vargas (11,1%)
•    República Velha (9,9%)
•    Administração colonial (4,9%)
•    Ditadura Militar (4,9%)
•    Sistema e economia colonial (4,9%)
•    República Populista (2,5%)
•    Crise do Sistema Colonial (2,5%)
•    Processo de Independência (1,2%)

História Geral

•    Segunda Guerra Mundial e suas consequências (13,6%)
•    Baixa Idade Média (8,6%)
•    Grécia e Roma (4,9%)
•    Reformas e Revoluções (2,5%)
•    Segunda Revolução Industrial e Primeira Guerra Mundial (1,2%)
•    Grandes Navegações (1,2%)
•    Revolução Industrial e Iluminismo (1,2%)

Antes das dicas para a prova de 2019, vamos ao Enfoque do ENEM em 2018

Foram 9 questões que envolveram temas brasileiros:

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Nos conteúdos gerais tivemos 6 questões:

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Na MARATONA ENEM DE 2018, 59% das dicas sobre os conteúdos de História acabaram aparecendo na prova, por isso, vamos a elas para o ano de 2019:

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Costumeiramente, sempre aponto um tema-chave para o conteúdo de História ou até mesmo para a redação. Este ano, o tema sobre os processos imigratórios espalhados pelo mundo podem aparecer como “pano de fundo” para várias questões. Além disso, os protestos e movimentos pró-democracia na América do Sul também devem se fazer presentes (com mais ênfase para os movimentos da Venezuela e Argentina devido a temporalidade mais afastada em relação à elaboração da prova).

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Disponibilizado pelo site G1.com

Por fim, com o auxílio do Poliedro Resolve, vamos analisar quatro questões-chave que representam as novas configurações de conteúdos históricos dentro do ENEM (habilidades e conteúdos exigidos dos alunos) nos últimos anos. A última delas, na verdade, é uma exemplificação de conteúdos históricos que podem aparecer em perguntas de outras disciplinas.

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Rosa Parks foi uma ativista negra que, na década de 1950, ganhou notoriedade por se recusar a ceder o seu lugar no ônibus a um branco, iniciando, assim, o movimento “Boicote aos ônibus de Montgomery”, em um período em que a luta contra a segregação racial nos EUA ganhou fôlego. Sendo assim, resposta D.

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Getúlio Vargas é o “queridinho” do ENEM. Seja atrelado à Revolução de 1930, à ditadura conhecida como Estado Novo ou o governo democrático que findou com o seu suicídio, o “pai dos pobres” e “mãe dos ricos” tem presença quase que constante. Nesse caso, ainda que o aluno não conheça o conteúdo de forma aprofundada, a imagem nos revela uma ação muito comum do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) durante o Estado Novo (1937-1945) ao propagandear uma suave e carismática imagem do vovô Getúlio. Portanto, item D.

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Aqui, temos ênfase às figuras femininas em um processo histórico importante para o país, o abolicionismo (esses temas ganharam força nos últimos anos). Uma leitura despretensiosa pode levar o aluno a assinalar o item  A, porém, também com apoio do texto, principalmente na “fala” de Francis Clotilde, entendemos que a resposta correta é o item E. Tanto Emília Freitas, quanto Maria Tomásia participaram, no fim do século XIX, de um grupo chamado Sociedade das Senhoras Libertadoras, no Ceará, combatendo a escravidão no país.

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Por fim, nosso último objeto de análise, não é uma questão divulgada como conteúdo de História, mas exige do aluno o conhecimento do contexto das décadas de 1930, 1940 em diante, no que tange a relação mulher e sociedade. A partir da análise do texto da propaganda, extremamente estereotipado, e o intuito do produto apresentado, concluímos que o item B está correto.

Enfim, uma atenção maior aos movimentos sociais, aspectos culturais, rupturas nos processos históricos e valorização da multiplicidade dos modos de se viver, conectados às questões políticas, econômicas e sociais ganharam ênfase na composição do último ENEM e, provavelmente, serão mantidas para 2019.

*O material disponibilizado aqui é fruto da MARATONA ENEM 2019 da equipe Ensino Qualis (Poliedro) de Adamantina-SP.

** A sessão Fogueira dos Alunos é área do História & Literatura especializada em conteúdos de História para vestibulares e ENEM. Fique ligado 😉